Monday, March 31, 2008

Menu sonoro do dia

1º plato: Esteban Device (entrada com forte sabor lusitano, apesar de aparentemente a proveniência ser outra).

2º plato: Free Blood (para aqueles que escolhem sempre um prato de carne mal passada, ou então, para aqueles fãs de !!!, com mais dose de Sex Pistols do que James Brown).

Postre: The Walkmen (porque há sempre quem não fique satisfeito e queira uma sobremesa reforçada e altamente calórica).

No final, o carajillo do costume, no sítio do costume (que pode ser acompanhado ao ritmo disto)!

Bon profit!

Wednesday, March 26, 2008

Cruelmente esclarecedor sobre a política propangandística de guerra made in USA.


ontem pudemos assistir no 60 minuts do canal 33.

mas também respeito os que ficam colados à Patrícia Conde na Sexta

Monday, March 17, 2008

color test







youtube in green and black

Bolsa de apostas sonoras para o ano que já começou (algumas delas, devidamente já confirmadas)

- Hervé
Josh Harvey aka Hervé.
28 anos.
Produtor.
Capaz de provocar choques eléctricos na música e trazê-la de volta à vida.
Remisturas de luxo.

- The Royal We
Postais pop vindos de Glasgow.
A candura mais inocente de uns Belle and Sebastian aliada com sonhos de aventuras excitantes.
Se a pop acabasse, os The Royal We não se importavam de escrever as últimas notas (e ainda bem).

- The Whip
Mistura efusiva e explosiva de batidas e ritmos quebrados.
Têm olho de lince e estão aqui para lutar uma luta de campeões.
Num terreno já algo saturado, eles só querem dançar. E nós também!

- Vampire Weekend
Fazem somente "música para as pessoas em todo o mundo apreciarem".
Com um ano de estrada apenas, a sua pop escorreita (onde se condensa devidamente o legado de Bowie, Kraftwerk e De La Soul) faz destes rapazes de NY uns dignos sucessores dos The Shins.

- These New Puritans
Ambientes e influências tão díspares que conseguem ir de Sonic Youth às batidas sujas do dubstep, de David Lynch a Dr. Feelgood, passando por figuras místicas e obscuras do século XVI.
O novo puritanismo desceu à cidade e vai eletrocutar a indie-pop.
Confusos? Vão ver que não, após a segunda audição.

- Hercules & Love Affair
Fusão de três décadas da cena electrónica, do "disco" ao "house", passando pelo "acid" filtrado pela melhor "synth-pop". Entre o Derrick May mais contido e o Giorgio Moroder mais colorido, com "aquela" voz de Antony Hegarty.
Selo de garantia DFA.

Friday, March 14, 2008

República Portuguesa das Bananas

O texto a seguir, foi publicda no JN no passado dia 10/03/2008 e agradeço à Márcia ter-me feito chegar o mesmo.

Retrata bem o nacional parolismo novo rico de tesos...

Deixo à V. ilustre consideração.


"Mário Crespo. Jornalista

Pronto! Finalmente descobrimos aquilo de que Portugal realmente precisa: uma nova frota de jactos executivos para transporte dos governantes. Afinal, o que é preciso não são os 150 mil empregos que José Sócrates anda a tentar esgravatar nos desertos em que Portugal se vai transformando. Tão-pouco precisamos de leis claras que impeçam que propriedade pública transite directamente para o sector privado sem
passar pela Partida no soturno jogo do Monopólio de pedintes e espoliadores em que Portugal se tornou. Não precisamos de nada disso. Precisamos, diz-nos o Presidente da República, de trocar de jactos porque aviões executivos "assim" como aqueles que temos já não há "nem na Europa nem em África". Cavaco Silva percebe, e obviamente gosta, de aviões executivos. Foi ele, quando chefiava o seu segundo governo, quem comprou com fundos comunitários a actual frota de Falcon em que os nossos governantes se deslocam.

Voei uma vez num jacto executivo. Em 1984 andei num avião presidencial em Moçambique. Samora Machel, em cuja capital se morria à fome, tinha, também, uma paixão por jactos privados que acabaria por lhe ser fatal. Quando morreu a bordo de um deles tinha três na sua frota. Um quadrimotor Ilyushin 62 de longo curso, versão presidencial, o malogrado Antonov-6, e um lindíssimo bimotor a jacto British Aerospace 800B, novinho em folha. Tive a sorte de ter sido nesse que voei com o então Ministro dos Estrangeiros Jaime Gama numa viagem entre Maputo e Cabora Bassa. Era uma aeronave fantástica. Um terço da cabina era uma magnífica casa de banho. O resto era de um requinte de decoração notável. Por exemplo, havia um pequeno armário onde se metia um assistente de bordo magro, muito esguio que, num prodígio de contorcionismo, fez surgir durante o voo minúsculos banquetes de tapas
variadíssimas, com sandes de beluga e rolinhos de salmão fumado que deglutimos entre golinhos de Clicquot Ponsardin. Depois de nos mimar, como por magia, desaparecia no seu armário. Na altura fiz uma reportagem em que descrevi aquele luxo como "obsceno". Fiz nesse trabalho a comparação com Portugal, que estava numa craveira de desenvolvimento totalmente diferente da de Moçambique, e não tinha jactos executivos do Estado para servir governantes.

Nesta fase metade dos rendimentos dos portugueses está a ser retida por impostos. Encerram-se maternidades, escolas e serviços de urgência. O Presidente da República inaugura unidades de saúde privadas de luxo e aproveita para reiterar um insuspeitado direito de todos os portugueses a um sistema público de saúde. Numa altura destas, comprar jactos executivos é tão obsceno como o foi nos dias de Samora Machel. Este irrealismo brutalizado com que os nossos governantes eleitos afrontam a carência em que vivemos ultraja quem no seu quotidiano comuta num transporte público apinhado, pela Segunda Circular ou Camarate, para lhe ver passar por cima um jacto executivo com governantes cujo dia a dia decorre a quilómetros das suas dificuldades, entre tapas de caviar e rolinhos de salmão. Claro que há alternativas que vão desde fretar aviões das companhias nacionais até, pura e simplesmente, cingirem-se aos voos regulares. Há governantes de países em muito melhores condições que o fazem por uma questão de pudor que a classe que dirige Portugal parece não ter.

Vi o majestático François Miterrand ir sempre a Washington na Air France. Não é uma questão de soberania ter o melhor jacto executivo do Mundo. É só falta de bom senso. E não venham com a história que é mesquinhez falar disto. É de um pato-bravismo intolerável exigir ao país mais sacrifícios para que os nossos governantes andem de jacto executivo. Nós granjearíamos muito mais respeito internacional chegando a cimeiras em voos de carreira do que a bordo de um qualquer prodígio tecnológico caríssimo para o qual todo o Mundo sabe que não temos dinheiro.

Mário Crespo, escreve à 2ªf no JN"

Tuesday, March 11, 2008

El gasóleo es ya más caro que la gasolina

El diésel se vendía ayer en la mayoría de las gasolineras vascas a 1,124 euros, frente a los 1,103 de la 'sin plomo 95'

hoje é muito superior a procura do diesel e portanto os preços subiram.

Em portugal aproximam-se os preços mas como a carga fiscal de gasolina é 10% superior ao gasóleo (50 para 60), esta ainda se mantém mais cara.

Gasolina ou Diesel acima de tudo, cuidado, a partir de hoje contaminar é pecado, assim o dita o vaticano!

A minha versão é melhor que o teu original #4

Mad World - Tears for Fears

versão: Michael Andrews and Gary Jules

Requiem for a Dream



Also appears on Donnie Darko

See also
#3 and covermix.

Monday, March 10, 2008

Nick Cave

excerto da entrevista de Nick Cave à revista Go Mag deste mês (espanhola, o link está mal)

Go: Achas que a geração actual pode fazer coisas muito mais perigosas usando a tecnologia do que a tua geração com a música e as drogas?

Nick Cave: Possivelmente sim.

Go: Provavelmente dar nas drogas e ouvir música oferece mais culturalmente que ficar pasmado em frente da TV ou estar na net 24 horas por dia?

NC: Exacto. Para mim é-me muito mais duro ver um filho entrar pela porta com um boné girado para o lado e um pack de seis cervejas debaixo do braço para ver um jogo na TV, que descobrir que está a injectar-se heroína no quarto, pelo menos, este entendia-o! Seguramente acabaria a pensar: "Que mal fiz ao mundo para trazer um hooligan ao mundo?". Prefiro um agarrado a alguém sem cérebro. Desculpa. Estou a dizer alguma coisa útil para a entrevista?..


Nick Cave estará em Barcelona com os Bad Seeds dia 25 de Abril...

vintage cliché #1 (Senão esqueço-me ou Barcelona assim é fácil)

Nirve
N-107 Night Owl 1 Speed
Stealth Blue

Brooks Seat

Também com rebites de cobre as Levi's vintage 1937






Walkman Sony com phones 80s de esponja cor-de-laranja. Philips.




Para próxima Casiotones, Ducatis e sapatos...

Wednesday, March 05, 2008

denominación de origen

Gostei de as ver por cá no supermercado. Chegam com esse aspecto de obra imperfeita*, nunca se sabe se podre por dentro ou se dura como pedra (pensei até que fosse essa a origem do nome, mas não).

Chegam com o sabor de sempre - a viagem não lhes faz mal.



Pêra Rocha (Rocha Pear) is an autochthonous Portuguese variety of pear. The origin of the variety Rocha reports to 1836, in Sintra's municipality. This variety was casually obtained from a seed, in Mr. Pedro António Rocha's farm, whose family name inspired variety name. Pêra Rocha is produced in several places in Portugal. The production area is over 100 km² and there are about 9,450 producers.


*doce obra defeituosa - estou demasiado nacionalista, vou-me calar.