e tudo acontece de forma tão estupidamente fácil. Um telefonema, um sobresalto, soluços, um taxi à pressa, uma ambulância, põem-te um saco com roupa na mão, um capacete na outra e andas de cá para lá atrás de uma maca no hospital. Acaricias a mão e dizes para ter calma. Nos dias seguintes, já tudo está num tom mais ameno, a confusão de urgencias é agora a serenidade da enfermaria, a angústia pelo auxílio passa a serenidade de deixar que o tempo faça o que melhor sabe.
alguém no outro dia fazia um documentário sobre emigrantes portugueses no estrangeiro, se quiserem filmar uma com gesso de perna inteira, passem lá por casa, ficam garantidos planos marcantes (se for preciso dou a injecção nocturna em directo) e lágrimas verdadeiras são fáceis de obter com dois dedos de conversa.
todos agora se desmancham em mimos e simpatias, até o tipo da farmácia:
"também parti o braço de mota... quando se aperceber o que é ir de carro ou bus rapidamente volta para a mota! Não há volta a dar"
não há volta a dar.
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1 comment:
Boa e rápida recuperação, bela!
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