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Espaço de discussão e contágio de ideias. Um pé em Fátima e outro no Camp Nou. Pa amb tomaquet regado com azeite galo. Uma alheira e uma sobrassada alinhadas lado-a-lado como se de primas afastadas se tratassem. Pessoa tomando "un cortado" no Zurich da Catalunya. Zé Mário Branco nas festas da Mercé em plena Rambla do Raval. O aqui e o ali tocam-se muitas vezes, outras não...mas que aqui fique registado. O segredo é que não há segredo nenhum.
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A neve vinda da Islândia
Explicar um concerto dos Sigur Rós a quem não esteve lá é tão difícil como descrever uma nova tonalidade de cor a quem não a viu. Ou até como entender o que se passou. As músicas dos islandeses têm títulos impronunciáveis. As letras não se percebem nem cantam. Os temas são enormes. O contacto com o público é feito num inglês terrível. O que há para gostar? Tudo.
A voz limpa de Jónsi Birgisson, que tantas vezes se confunde com um instrumento. O som único da sua guitarra, tocada com arco de violoncelo. O alinhamento de duas horas (no Campo Pequeno, 3ª feira,11 de Novembro, com encore e dois regressos para ovação), quase perfeito, iniciado com "Svefn-g-englar" e oscilando entre temas mais calmos e mais alegres (ou mais antigos e recentes). A adoração banda/público, com Jónsi, no tal inglês terrível, a eleger Portugal como o seu sítio preferido - e cá não temos duendes, por isso é um grande elogio. Todo o ambiente, a massa sonora, ao vivo mais alta, estranha e catársica. E chega a nevar no Campo Pequeno, perto de "Gobbledigook". Mesmo falida, na Islândia mágica dos Sigur Rós, todos queremos morar.
(in, Destak de 13-11-08)
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