Saturday, August 30, 2008

A música electrónica vista por dentro

Nos dias que correm, a indústria musical em geral (incluindo, obviamente, o ramo da música electrónica) estrebucha impotente, do alto do seu pedestal, perante novos formatos e cenários de partilha e divulgação do trabalho dos artistas/músicos.
Mais uma reflexão pertinente a ajudar ao caos organizado (legal vs ilegal: agora escolha).

Wednesday, August 27, 2008

Invasão da língua portuguesa na música

Tem sotaque do lado de lá do Atlântico, mas mesmo assim... que se dane (diria o mais impedernido dos cariocas). Melhor que nada (resmunga o clássico portuga com complexo de ser ex-metrópole).

Curiosamente, acabo de ver o "Tropa de Elite" no cinema, e esta opinião mostra-se deveras pertinente. No cinema, assim como na música, o português com "acento" (com ou sem (des)acordo ortográfico) abre portas como nunca!

Atentem no artigo (traduzido de propósito para a língua de Jorge Amado!) de um jornalista do The Guardian:

Porque a língua da dance music é o português

O português está se infiltrando na nossa cultura musical - independente de a gente entendê-lo ou não
por
Danny McFadden, The Guardian

Essa semana, em três ocasiões diferentes, eu me peguei terminando uma conversa com um bastante inseguro “obrigado”. Eu não falo português (agradecer nessa língua era apenas um gesto cortês), mas talvez mais de nós devessem aprender esse idioma: parece que ele guarda ambições de se tornar a língua número um da dance music.

A primeira dessas ocasiões foi com o Buraka Som Sistema - que estavam fazendo um DJ/MC Set no Tramp Club em Manchester. Voltado para o kuduro - um estilo surgido na Angola - o som deles se desenvolveu da tentativa de garotos africanos em fazer techno, resultando num híbrido que reflete tanto a cultura local angolana quanto as correntes da música eletrônica estrangeira. Tudo isso culminou numa fusão de zouk, soca e dancehall que veio a se tornar uma próspera cena em Lisboa (a antiga metrópole) e que, por sua vez, absorveu influências de dubstep, drum’n’bass e fidget house de selos britânicos como Dubsided e Counterfeet.

O “progressive kuduro” do Buraka Som Sistema, na verdade, parece ser um primo próximo do funk carioca do Brasil. Os dois estilos estão indentificados com uma divertida e furiosa world music que está a anos-luz de distância do tipo de coisa popularizada por Peter Gabriel e Paul Simon tempos atrás.

Fui então consultar o DJ Gorky do Bonde do Role. Discutimos se a língua representa uma barreira para a conquista do público britânico e ele respondeu que isso é algo que ele e seus compatriotas estão tentando superar.

De qualquer forma, o português está conseguindo penetrar na cultura mainstream do Reino Unido. Exemplos disso são a música Gatas Gatas Gatas do Edu K, que está servindo de trilha sonora para o último comercial da Sony Ericsson, e também o sucesso do CSS (OK, esse último nem conta tanto com o português para seu ataque contagiante). Há ainda a colaboração da dupla Sinden & Count Of Monte Cristal com o MC de funk carioca Thiaguinho, na música Tamborzuda e, além disso, o Radioclit está prestes a lançar Bonde da Orgia de Traveco do UDR, através do seu selo Uppercuts.

“Eu sempre imaginei que esse momento ia chegar, com a globalização e tal”, disse o Edu K durante uma conversa que mais uma vez terminou com um tímido “obrigado”. Lamentavelmente, esse homem, que fala inglês completamente fluente, com linguajar de hip hop e tudo, pareceu bem impressionado com esse raro esforço.


Podem ler aqui a versão original, com alguns comentários.

Wednesday, August 20, 2008

rockumentário

este filme deixa-me cheio de saudades do presente:
[1]
[2]

Monday, August 11, 2008

Speedo LZR made in paços de ferreira


Michael Phelps e companhia vestem

"Made in Portugal"

Se sairmos de pequim sem sequer subir ao podium pelo menos deu-se uma ajuda...

Monday, August 04, 2008

the meatrix

a não perder:



http://www.themeatrix1.com/

escarros eléctricos

O investimento em carros eléctricos tem duas grandes implicações, o que faz com que as políticas governamentais o tratem ainda com desconforto: seca a receita fiscal que o sector automóvel garante ao Orçamento do Estado e exige outros investimentos a montante, nomeadamente na rede eléctrica, de modo a garantir que a energia fornecida às baterias é também limpa e não produzida a partir do carvão e do gás natural.

Quantos mais carros eléctricos circularem, menos o Estado cobra em Imposto sobre Veículos (os carros eléctricos estão isentos) e Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (não usam combustíveis fósseis), responsáveis por cerca de 10 por cento das receitas fiscais totais.


(no público de hoje)

Visto isto entendemos muitas coisas...
-porque é que nas cidades portuguesas é fundamental o trasporte próprio e não há interesse em que haja transporte público de qualidade.
-a pressão nas inspecções de veículos e regulamentações apertadas para obrigar à troca constante de carro constante.
-o desaconselhar de motos: bem mais económicas, versáteis e menos consgestionantes do transito.
-as estradas miseráveis que só ajudam a acelerar o desgaste do parque automovel.
-o culto social de carro é prestígio.
-a crença instituida de que carro com 4 anos é velho.