Não acredito que tenha existido imponência inocente. Vou fingir que sim. Não consigo deixar de olhar para as paredes, para a altura dos tectos ou pasmar com a dimensão das divisões. E como ainda me perco menos no Raval que na baixa de Lisboa, as noites facilmente ficam com pinta de filme. Lá chegámos subindo escadas em prédios de luz apagada, cordões vermelhos limitando acessos, guiados por frestas de porta iluminadas. Exacto, é aqui! Recebem-nos sorrisos como se fossemos amigos mas a conversa destapa as preocupações de quem gere um estabelecimento às portas do fim (os desgostos sempre incitam amizades). E se o fim teve o inicio em 1842, o espisódio toma contornos de inverosimilhança.
Ainda não tinha chegado à varanda, outra mini a pr€ço de não sóc1o. Atravessamos duas mesas de bilhar, sentamos os antebraços no frio do mármore e calamo-nos de admiração.
Este sitio espera-vos, e ainda que consciente da minha ignorancia duvido que haja mais como este... Eles precisam de vocês para que tudo continue simplesmente a ser.
Façam o que vos compete, e espero que ainda vos seja possível conhecer, tal como tem sido, o Grémio Lisbonense.
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