Wednesday, September 09, 2009

Décroissance


O processo de mundialização, que se consolida a partir do séc. XVI até aos nossos dias, teve algumas transformações. Mas não foram estruturais. Ocorreram adaptações do modelo capitalista às inovações introduzidas pela passagem duma paleotécnica à neo-técnica assim como formulações diversas de sistemas governativos dentro do mesmo parâmetro de exploração do homem sobre o homem e da tecnosfera sobre a biosfera. Sobre esta última etapa do capitalismo liberal, Serge Latouche analisou-a do seguinte modo:
1. Uma desigualdade crescente entre o norte e o sul, entre o centro e as periferias, mesmo no interior de cada país;
2. A continuação da pilhagem e a reinvenção da servidão e escravatura mais o trabalho infantil, constituem realidades presentes nos países neo-coloniais armadilhados pela dívida externa e em consequência de governos que servem a lógica do imperialismo;
3. A destruição dos ecossistemas e as poluições globais constituem o estado permanente do esgotamento e contaminação a que o actual modelo urbano-industrial sujeita a biosfera;
4. O fim do estado providência deu lugar à destruição do serviço público;
5. A mercantilização ocupou todas as esferas da vida;
6. O estado-nação desapareceu para dar lugar aos novos patrões do mundo – as multinacionais.

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