Monday, December 22, 2008

Ah e tal... é Natal!

Monday, December 15, 2008

Estranhamente belo!

Prato do dia

É um bocado em cima da hora, mas de certeza que não será indigesto. Estes gajos merecem alguns passos de dança!

Thursday, December 11, 2008

Wednesday, December 10, 2008

Eva Cassidy

Pouco sei, mas que é o pouco que há disponível que se resume em breves frases.
Esta voz incrivel morre aos 33 anos fruto de um melanoma a que nao deu atençao.
Perde-se uma voz magnifica, então apenas conhecida em Washington, alguem na BBC2 trá-la de novo à Terra e dá-a a conhecer ao mundo. As editoras que lhe viraram costas em vida, recuperaram o fôlego e compilam os bootlegs que agora já sao uns 7 ou 8... muitos mais não poderão existir, imagino eu.




o que eu acrescento:
Esse Outono de 1996 e a primavera do ano seguinte levaram-nos duas das mais incríveis vozes que por cá passaram: Eva & Jeff.



farei paste directo deste mail [a EB] para post em blog. se me permites.

g

JesusFlyJussy - my mother met simon--- she says hes an asshole
wilfr1989 - why did she say that?
mackhomie - maybe there's an age limit for getting your tits signed

Comentários no Youtube de Simon & Garfunkel - Mrs. Robinson

Tuesday, December 09, 2008

TU METES NOJO editam DVD, registo do seu último concerto!


O DVD dos Tu Metes Nojo, com o registo do seu último concerto, já pode ser adquirido na loja XM ou na discoteca Almedina, em Coimbra.

Se não quiserem esperar, ou não tiverem hipótese de se deslocar a qualquer uma das lojas, podem enviar um e-mail para: tumetesnojo@gmail.com

e dizer "Sim, eu quero adquirir o DVD dos Tu Metes Nojo".

Com esta frase acrescentem o vosso nome e a morada para envio.

O DVD será enviado à cobrança e custa 10€+portes de envio.

Os Tu Metes Nojo, em formato DJ Set, vão fazer uma festa de lançamento do DVD (aonde o mesmo poderá ser adquirido), numa sessão com várias surpresas e ofertas!

DIA 19 de Dezembro - TWISTED, coimbra
DIA 20 de Dezembro - SHMOO, coimbra

MAIS INFORMAÇÕES:
www.myspace.com/tumetesnojo

Friday, December 05, 2008

Barcelona Hayride 2008

take a look

Don Cavalli - I'm going to a river

Monday, December 01, 2008

Sugestão da semana

PSYCHIC TV (PTV3) @ Sala APOLO

Neste frio Inverno

Uma bela descoberta para aquecer os ouvidos!


The Sad Song from Fredo Viola on Vimeo.


(indispensável ver uma das páginas deste senhor!)

As verdadeiras mixtapes

Encontrei, em deambulações por esta auto-estrada que parece não ter fim, estes gajos que fazem gala das suas sessões sonoras serem feitas única e exclusivamente através desse suporte que jaz/faz parte de um certo romantismo nostálgico.
Numa altura em que até através dos nossos telemóveis é possível fazer (quais autómatos sem alma nem coração) aquilo que uma agulha riscando o vinil fez durante longos anos, parece-me, no mínimo, curioso, tal acto de coragem retro.
Merecem todo o meu respeito e admiração!

Sunday, November 30, 2008

Re: autumn blues...

Pessoano o rico que em fingimento se veste de lúgubre quotidiano.
Poderá este whisky velho transportar alguém à tasca da aldeia onde os olhares rosnam como coldres.
Será que podemos respirar o vapor húmido do autocarro das 7 a partir do cheiro asséptico dos 24 graus AC desta redoma de tablier novo e cabedal beije. Ou tudo são a memória de sonhos de infancia revestidos de presente?

A minha única esperança - o vale a pena - é acreditar que haverá frutos que se poderão colher dos mp3s, cabelos com gel e Hi5s calientes (revestidos de futuro)! Ao menos essa é a feliz confirmação de gerações vindoras imoderadas (como compete), bem ao contrário das que rigorosamente cumpriam com as fardas à civil impostas, risco ao lado e vestidas de brandos costumes sempre dois tamanhos abaixo. O gap agridoce que é ao mesmo tempo mimado e anaclítico: na sala de aula 30 almas incadescentes com uma professora aplicando sanções redutoras acreditando piamente que o pico de gel, o mp3 e o telemovel são a prova dos cérebros definhados dos novos adolescentes. No fim da aula o TPC é via email e a pesquisa será do Wiki seguindo as últimas recomendações de Bruxelas. A stora volta a casa por engarrafamentos seguindo escrupulosamente um risco vermelho com duas bandeirinhas xadrez nas pontas no ecrã dum GPS - se não desviar o itinerário com uma ida ao Colombo "favorite" - simbolicamente tão grave ou pior que o gel ou Hi5 que são o mote às conversas iradas na sala de professores. Tempo para bebericar duma discussão tecnocrática na TV. A certeza de que se entende quase tudo é a proteina do ego e a confirmação que se percebe o que vai no mundo, baseado nesse pressuposto que jornalistas e políticos têm uma visão superior e completa.

Felizmente veio um novo Ucraniano na carrinha e obriga o resto do grupo a trocar os apupos habituais de viagem pelas conversas de tradições e hábitos do seu país. À volta para casa, o ucranias, já do grupo dá os primeiros passos na boçalidade escalada com ordinarice... -estarei a ser cretino ao dizer isto? Bom seria!

Despeço-me com um aquecedor a óleo a olhar fixamente para mim pelos seus dois interruptorzinhos cor-de-laranja...

TV espanhola (em tempos idos)

Saturday, November 29, 2008

autumn blues...

Pode ser que seja da estação, que a chuva misturada com vento cinzento faça levantar uma série de depressões.  Dizem que a crise é global e afecta a todos, e que se calhar, o melhor é fazermos a nossa encomendazinha de PROZAC para os tempos que hão-de vir. 

Por enquanto, e ainda lúcidos, apercebemo-nos que algo não anda nada bem. Pode ser que estejamos a sentir o primeiro ventinho daquela que será uma terrivel tempestade, ou pior, se calhar andamos a fumar dentro do paul de pólvora e ninguém nos avisou. Por enquanto estamos em onda “so far so good”, mas não sabemos a que distancia andamos nem quanto tempo falta para o quê, mas sente-se que algo está para acontecer.

No artigo copy/paste que posto a seguir, também já se pode cheirar esse " je ne sais quoi" em aromas raiva-contida.

A ver como será quando chegar o Inverno…


TEMPOS SOMBRIOS



Ter opinião nestes tempos de miséria não é fácil. Apetece não ter ou calá-la. A opinião é um irritante a mais em tempos em que o que não faltam são irritantes. Se é "pessimista" é depressiva. Se não é uma espécie de raio de sol por entre as nuvens, ou seja "construtiva", uma coisa que tenho muita dificuldade em saber o que é, encastra-se num ambiente já de si sombrio. Tudo é ou parece um beco sem saída, ou sem saída nos nossos tempos. Que outra coisa se pode fazer a não ser mais um artigo gloomy, sempre que se começa um "ano", ou seja, quando a rotina do trabalho já está implantada e as férias são um longínquo desejo ou uma memória que não passa das fotografias digitais, que nem servem para mostrar no emprego?

Como há-de ser de outra maneira quando o país está a empobrecer mais depressa que o costume, já estava antes da "crise", e acelerou com a "crise"? O empobrecimento nas suas várias formas, desde as mais drásticas como o desemprego até às menos visíveis como a dívida, corrói a qualidade de vida e dissolve toda a esperança. E pior ainda, para quem discute no espaço público, com o empobrecimento vai muita da independência e da liberdade, já tão escassas antes, agora ainda mais débeis. Escrever para uma sociedade que está essencialmente a ver se não perde o pouco que tem, que está virada para a sobrevivência aos seus vários níveis e que está disposta a trocar independência e complacência pelo emprego, pelas benesses que ainda tem, torna muita crítica incómoda. E, no fundo, quem pode julgar moralmente de alto este retorno sobre si mesmo, de quem tem pouco e não quer ficar com nada? Não, não são tempos fáceis estes em que o espaço público se encolhe e por isso fica mais miasmático, menos saudável, mais claustrofóbico, mais conflituoso nas minudências e menos atento às grandes questões vistas com impotência, menos sensível aos valores da liberdade e do espírito crítico. São bons tempos para os governos autoritários e para o populismo e maus para a liberdade, a independência e autonomia do espírito.

O nível de vociferação cresce, mas o do espírito crítico esmorece. As pessoas implodem, protestam, dizem coisas apocalípticas sobre "eles" e retornam a um quotidiano cansativo, pouco feliz e aborrecido. Como podia ser de outra maneira, se a maioria das pessoas vivem "vidas de merda", tão longe dos seus sonhos e dos seus desejos? Imagino uma repartição pública às cinco da tarde, coada pelo néon e cheia de papéis, já quase de noite, com trinta pessoas aborrecidas até ao limite a pensarem só na hora de irem para casa, sabendo, as mulheres mais do que os homens, que vão trocar uma repartição por outra. Sabendo que, antes de chegarem a casa, têm um longo caminho de transportes públicos, maus, lentos, sujos, nalguns casos perigosos, ou uma fila de carros que não anda e uma rádio que repete ao infinito as mesmas notícias. Imagino uma escola em que uma professora de meia idade entra na aula e olha para trinta bárbaros vestidos de igual, dizendo grosserias e obscenidades, entre telemóveis ainda vivos e fios dos MP3, entre roupa "de marca" comprada na feira do Relógio e cabelos em bico com gel, os rapazes a pensarem no wrestling e no skate e as raparigas vestidas para matar a pensarem nas fotos que vão colocar em trajes menores no Hi5. Que olhar pode ter a professora, já com várias aulas em cima, para uma audiência desatenta que a última coisa que quer saber é o que é uma raiz quadrada ou um soneto, numa sala húmida e pouco iluminada, perdida num subúrbio policiado? Imagino o que seja o desespero das contas feitas ao fim da tarde do velho comerciante na Baixa, numa loja perdida numa rua secundária, que vive do seu trabalho e de um seu "empregado", com meia dúzia de artigos comprados já nos supermercados e centros comerciais, que revende aos vizinhos que "há muitos anos" lhe compram umas coisas, mas cada vez menos. Ele olha para as cartas das Finanças que de repente começam a chegar em Novembro, com a urgência do fisco em arrancar todos os centavos em dívida, a pedir mais dinheiro, todas a ameaçar de penhoras e confiscos, e não sabe o que fazer. Não chega, o "negócio" não chega e oculta da sua velha esposa a situação da "loja" que vai ter que fechar, o cataclismo da sua vida, o atestado da sua inutilidade. Imagino o que seja chegar às seis ou sete da manhã às obras numa carrinha que andou a recolher trabalhadores nas esquinas ou nos postos da gasolina, casacos grossos contra o frio, entre um ucraniano sorumbático e violento, meio a dormir, e outro trabalhador com gripe que mesmo assim tem que vir trabalhar, esperando um dia miserável às ordens de um capataz, de um subempreiteiro de outro subempreiteiro, para, ao fim da tarde, após discussões sobre o pagamento a que falta sempre qualquer coisa combinada, se ir para o café beber cerveja e ver futebol e chegar-se a casa embrutecido e rude.

Ao crepúsculo tudo se ensimesma, à chuva tudo se complica, milhões de pessoas perderam a esperança de viver melhor, têm medo de viver pior, e acantonam-se sobre si próprias. Olhem com atenção para o friso de faces num autocarro, com as janelas embaciadas, e procurem um traço sequer de felicidade. Nem Diógenes com um holofote da II Guerra Mundial seria capaz de encontrar um sorriso.

Por sobre tudo isto há um murmúrio de vozes a que ninguém liga quase nada. São as vozes dos jornais, da política, as nossas vozes, que contam muito menos do que imaginamos. São pouco mais do que um murmúrio, visto de baixo como alheio e hostil - no fundo somos "nós" que governamos - e visto de cima como decisivo e importante. Vale muito pouco para a vida comum da maioria das pessoas e valerá muito menos se se afundar em irrelevâncias, se engolir tudo o que o Governo quer que engula, se se tornar numa patrulha política do pensamento - será que fui racista ao falar do ucraniano? Será que posso descrever os "jovens" assim? Será que estou a favor da evasão fiscal das pequenas e médias empresas? Será que tenho que fazer a rábula da "esperança"? Há de facto muito pouca paciência para estas patrulhas do pensamento que proliferam em tempos de crise.

Vale a pena? A resposta podia ser a pessoana do lugar-comum, mas mesmo assim vale. Em tempos de crise, mais do que nunca é preciso não desistir de olhar as coisas com um olhar crítico, até porque proliferam nesta altura as piores das "soluções", os piores dos aproveitamentos, e cresce a mediocridade. E nós estamos a ser governados tão mediocremente que todo o pessimismo é pouco. Os tempos estão difíceis, mas os que nos vêm outra vez com o Marx deles, e com o Estado e com o "diálogo", estão-nos a vender produtos tão tóxicos como o subprime. Parece uma Alemanha de Weimar cansada e ainda mais triste.

Pacheco Pereira

(Versão do Público de 22 de Novembro de 2008.)


Friday, November 28, 2008

Pyramid of Capitalism System

I Met The Walrus...

In 1969, a 14-year-old Beatle fanatic named Jerry, snuck into John Lennon’s room in Toronto and convinced John to do an interview about peace. Directed by Josh Raskin with incredible animations of Alex Kurina.


Thursday, November 27, 2008

CLARA FERREIRA ALVES, Artigo demolidor

Não admira que num país assim emerjam cavalgaduras, que chegam ao
topo, dizendo ter formação, que nunca adquiriram, que usem dinheiros
públicos (fortunas escandalosas) para se promoverem pessoalmente face
a um público acrítico, burro e embrutecido.



Este é um país em que a Câmara Municipal de Lisboa, desde o 25 de
Abril distribui casas de RENDA ECONÓMICA - mas não de construção
económica - aos seus altos funcionários e jornalistas, em que estes
últimos, em atitude de gratidão passaram a esconder as verdadeiras
notícias e passaram a "prostituir-se" na sua dignidade pofissional, a
troco de participar nos roubos de dinheiros públicos, destinados a
gente carenciada mas mais honesta que estes bandalhos.

Em dado momento a actividade do jornalismo constituiu-se como O
VERDADEIRO PODER. Só pela sua acção se sabia a verdade sobre os
podres forjados pelos políticos e pelo poder judicial. Agora contínua
a ser o VERDADEIRO PODER mas senta-se à mesa dos corruptos e com eles
partilha os despojos, rapando os ossos ao esqueleto deste povo burro e
embrutecido. Para garantir que vai continuar burro o grande cavallia
(que em português significa cavalgadura) desferiu o golpe de morte ao
ensino público e coroou a acção com a criação das Novas Oportunidades.
Gente assim mal formada vai aceitar tudo e o país será o pátio de
recreio dos mafiosos.



A justiça portuguesa não é apenas cega, é surda, muda, coxa e marreca -

Clara Ferreira Alves - Expresso

Portugal tem um défice de responsabilidade civil, criminal e moral
muito maior do que o seu défice financeiro, e nenhum português se
preocupa com isso apesar de pagar os custos da morosidade, do
secretismo, do encobrimento, do compadrio e da corrupção.



Os portugueses, na sua infinita e pacata desordem existencial, acham
tudo "normal" e encolhem os ombros. Por uma vez gostava que em
Portugal alguma coisa tivesse um fim, ponto final, assunto arrumado.
Não se fala mais nisso. Vivemos no país mais inconclusivo do mundo, em
permanente agitação sobre tudo e sem concluir nada.

Desde os Templários e as obras de Santa Engrácia, que se sabe que,
nada acaba em Portugal, nada é levado às últimas Consequências, nada é
definitivo e tudo é improvisado, temporário, desenrascado.

Da morte de Francisco Sá Carneiro e do eterno mistério que a rodeia,
foi crime, não foi crime, ao desaparecimento de Madeleine McCann ou ao
caso Casa Pia, sabemos de antemão que nunca saberemos o fim destas
histórias, nem o que verdadeiramente se passou nem quem são os
criminosos ou quantos crimes houve.

Tudo a que temos direito são informações caídas a conta-gotas, pedaços
de enigma, peças do quebra-cabeças. E habituámo-nos a prescindir de
apurar a verdade porque intimamente achamos que não saber o final da
história é uma coisa normal em Portugal e que este é um país onde as
coisas importantes são "abafadas", como se vivêssemos ainda em
ditadura.

E os novos códigos Penal e de Processo Penal em nada vão mudar este
estado de coisas. Apesar dos jornais e das televisões, dos blogs, dos
computadores e da Internet, apesar de termos acesso em tempo real ao
maior número de notícias de sempre, continuamos sem saber nada, e
esperando nunca vir a saber com toda a naturalidade.

Do caso Portucale à Operação Furacão, da compra dos submarinos às
escutas ao primeiro-ministro, do caso da Universidade Independente ao
caso da Universidade Moderna, do Futebol Clube do Porto ao Sport
Lisboa Benfica, da corrupção dos árbitros à corrupção dos autarcas, de
Fátima Felgueiras a Isaltino Morais, da Braga Parques ao grande
empresário Bibi, das queixas tardias de Catalina Pestana às de João
Cravinho, há por aí alguém que acredite que algum destes secretos
arquivos e seus possíveis alegados, muitos alegados crimes, acabem por
ser investigados, julgados e devidamente punidos?

Vale e Azevedo pagou por todos.

Quem se lembra dos doentes infectados por acidente e negligência de
Leonor Beleza com o vírus da sida?

Quem se lembra do miúdo electrocutado no semáforo e do outro afogado
num parque aquático?

Quem se lembra das crianças assassinadas na Madeira e do mistério dos
crimes imputados ao padre Frederico?

Quem se lembra que um dos raros condenados em Portugal, o mesmo padre
Frederico, acabou a passear no Calçadão de Copacabana?

Quem se lembra do autarca alentejano queimado no seu carro e cuja
cabeça foi roubada do Instituto de Medicina Legal?

Em todos estes casos, e muitos outros, menos falados e tão sombrios e
enrodilhados como estes, a verdade a que tivemos direito foi nenhuma.

No caso McCann, cujos desenvolvimentos vão do escabroso ao incrível,
alguém acredita que se venha a descobrir o corpo da criança ou a
condenar alguém?

As últimas notícias dizem que Gerry McCann não seria pai biológico da
criança, contribuindo para a confusão desta investigação em que a
Polícia espalha rumores e indícios que não têm substância.

E a miúda desaparecida em Figueira? O que lhe aconteceu? E todas as
crianças desaparecida antes delas, quem as procurou?

E o processo do Parque, onde tantos clientes buscavam prostitutos,
alguns menores, onde tanta gente "importante" estava envolvida, o que
aconteceu?

Arranjou-se um bode expiatório, foi o que aconteceu.

E as famosas fotografias de Teresa Costa Macedo? Aquelas em que
elareconheceu imensa gente "importante", jogadores de futebol,
milionários, políticos, onde estão? Foram destruídas? Quem as destruiu
e porquê?

E os crimes de evasão fiscal de Artur Albarran mais os negócios
escuros do grupo Carlyle do senhor Carlucci em Portugal, onde é que
isso pára?

O mesmo grupo Carlyle onde labora o ex-ministro Martins da Cruz,
apeado por causa de um pequeno crime sem importância, o da cunha para
a sua filha.

E aquele médico do Hospital de Santa Maria, suspeito de ter
assassinado doentes por negligência? Exerce medicina?

E os que sobram e todos os dias vão praticando os seus crimes de
colarinho branco sabendo que a justiça portuguesa não é apenas cega, é
surda, muda, coxa e marreca.

Passado o prazo da intriga e do sensacionalismo, todos estes casos são
arquivados nas gavetas das nossas consciências e condenados ao
esquecimento.

Ninguém quer saber a verdade. Ou, pelo menos, tentar saber a verdade.
Nunca saberemos a verdade sobre o caso Casa Pia, nem saberemos quem
eram as redes e os "senhores importantes" que abusaram, abusam e
abusarão de crianças em Portugal, sejam rapazes ou raparigas, visto
que os abusos sobre meninas ficaram sempre na sombra.

Existe em Portugal uma camada subterrânea de segredos e injustiças, de
protecções e lavagens , de corporações e famílias, de eminências e
reputações, de dinheiros e negociações que impede a escavação da
verdade.

Este é o maior fracasso da democracia portuguesa

Clara Ferreira Alves - "Expresso"

Wednesday, November 26, 2008

Friday, November 21, 2008

Zeitgeist, the movie

Puerto Hurraco

Puerto Hurraco - El pueblo

Este lugar se hizo conocido por la matanza que ocurrió en el verano de 1990. Dos de los hermanos Izquierdo de 53 y 58 años dispararon cartuchos, después de salir de un callejón, sobre vecinos del pueblo que se apellidaban Cabanillas. El acto derivó en que tirotearon también contra quien tomaba el fresco en la calle o intentaba huir. La Guardia Civil acudió desde Monterrubio de la Serena, a 10 kilómetros de Puerto Hurraco, y sufrió los disparos de los Izquierdo, quienes huyeron al monte hasta que fueron detenidos. La Guardia Civil los encierra en el juzgado de Castuera, evitando posibles ajustes de cuentas. El balance final fue de 9 muertos y varios heridos. Las dos hermanas Izquierdo con las que ellos convivían en Monterrubio de la Serena fueron acusadas de inducir al crimen. Este suceso se consideró como una venganza por hechos como el incendio intencionado de una casa de los Izquierdo, en el que murió la madre de los hermanos Izquierdo y que ellos atribuyeron a los Cabanillas. Los Cabanillas anteriormente habían sufrido la muerte, provocada por apuñalamiento, de uno de sus miembros por parte de un miembro de los Izquierdo. También las dos familias habían tenido discusiones por las lindes. Estos acontecimientos inspiraron la película "El séptimo día", estrenada en 2004.

Puerto Hurraco - El club

CARRER TAULAT, 76
BARCELONA

Moviemakers (Bcn) + Elconjo (Holanda) en Puerto Hurraco - Barcelona
22:30h. ENTRADA: 6 euros.

o vocalista dos Moviemakers - amigo desta ca[u]sa - pertence a esse grupo de portugueses que não se ficou pelo consumo, mas decidiu também agir na cena musical da cidade.

Wednesday, November 19, 2008

Ibéria: Escritor Arturo Pérez-Reverte defende união de Portugal e Espanha

Lisboa, 20 Nov (Lusa) - O escritor Arturo Pérez-Reverte defendeu a
existência de uma Ibéria, um país único, sem fronteiras que separem Espanha
e Portugal, porque é "um absurdo" que os dois países vivam "tão
desconhecidos um do outro".
"Há uma Ibéria indiscutível que está entre os Pirinéus e Gibraltar, com
comida, raça, costumes, história em comum e as fronteiras são completamente
artificiais", disse o escritor espanhol à agência Lusa, de passagem por
Portugal a propósito do lançamento do romance "Um dia de cólera".
Para Pérez-Reverte, essa Ibéria não existe administrativamente, mas
"qualquer espanhol que vem a Portugal sente-se em casa e qualquer português
que vá a Espanha sente o mesmo".
"Houve dificuldades históricas que nos separaram, mas a Ibéria existe. Náo é
um mito de Saramago, nem dos historiadores romanos. É uma realidade
incontestável" que precisa de um empurrão social e não político para
concretizar o projecto", disse.
Ainda assim, disse que "é um absurdo que Portugal e Espanha vivam sempre tão
separados, tão desconhecidos um do outro", já que deviam olhar para a Europa
como ibéricos, porque o mundo de hoje "é um lugar de grandes mudanças
sociais".
"Esse Ocidente pacífico, sereno, poderoso, com uma certa coerência cultural
e social do século XX não poderá continuar. O Ocidente como o entendemos
está na sua etapa final", disse.
Arturo Pérez-Reverte, 57 anos, é um dos escritores mais populares das letras
espanholas da actualidade, com obra traduzida em quase trinta idiomas.
Antigo repórter de guerra, dedica-se em exclusivo à escrita desde finais dos
anos 1980, tendo editado romances como "O cemitério dos barcos sem nome",
"Território Comanche", "O hussardo", "O pintor de batalhas" e os seis
romances da série de aventuras "Capitão Alatriste".

[lusa]

Monday, November 17, 2008

Saturday, November 15, 2008

Islândia: faraway... so close!




Mais uma experiência mágica, esta!
Sem esquecer, obviamente, os compatriotas que fizeram uma excelente abertura e que ainda deram uma ajuda num dos momentos mais geniais da noite!

Takk fyrir!

Sunday, November 09, 2008

mais lenha prá fogueira


O plano de Franco para invadir Portugal
A Espanha teve um plano para conquistar Portugal no início da Segunda Guerra. A invasão, por terra, ar e mar, contaria com um exército de 250 mil homens e destinava-se a ocupar Lisboa e toda a costa. » expresso »


Friday, November 07, 2008

20ª Semana Pedagógica e Cultural de Língua Portuguesa - Barcelona

Trata-se de uma iniciativa do Departamento de Português da Escola Oficial de Idiomas de Barcelona que decorre entre 11 e 14 de Novembro, envolvendo ainda instituições portuguesas e departamentos de língua e culturas portuguesas das Universidades Autónoma e de Barcelona.

Temas em destaque:
- 200 anos da chegada de D.João VI ao Brasil 
- 100 anos do nascimento de Machado de Assis
- 50 anos da Bossa-Nova
- 400 anos do nascimento do Padre António Vieira

Também exibido o filme “Memórias Póstumas de Brás Cubas” de André Klotzel, baseado na obra homónima do escritor brasileiro Machado de Assis.

[lusa]

OSAKA MONAURAIL (aka UNDERCOVER EXPRESS)

som perfeito, polvilhado de eximias coreografias, não saber se se está na presença de estudantes de doutoramento da universidade de funk de Osaka ou num baile de mascaras niponico dos anos 50.

brilhante o que se assistiu hoje na sala apolo.

Monday, November 03, 2008

Espanha avisou EUA que estava preparada para guerra contra Portugal

El último presidente del Gobierno de Franco, Carlos Arias Navarro, dijo en privado a Estados Unidos en 1975 que España estaba dispuesta a ir a la guerra con Portugal si empezaba a extenderse el comunismo como consecuencia de la formación de un Gobierno de izquierdas en Lisboa.

>> El pais

Friday, October 31, 2008

chegou a Santa Comba Dão o que em Espanha...

Enviamos um bem haja aos mentores desta iniciativa.

O fantástico horário de muitas empresas em Espanha.
+30mins por dia de 2a a 5a para compensar -4 horas de sexta
+30mins por dia de 2a a 5a para compensar -4 horas de 2a a 5a nos meses de Julho e Agosto.

Ou seja 9 horas de 2a a 5a para ter a 6a à tarde livre todo o ano. E sair às 3 (sem almoço) em Julho Agosto e Setembro.

Nos pros e contras de trabalhar em Espanha ou Portugal não haverá duvidas relativamente a esta questão.

[info]


Começam a ser comuns outra série de regalias:
- horário flexível (quem prefere sábado à tarde a 2a de manhã, porque não se o pode fazer!)
- trabalhar de casa (porquê autocarro+metro+estacionamento+mau humor) se se pode temperar uns dias da semana no conforto do lar?...

Alguém sabe se trabalhar com um gato nas pernas é contraproducente?

Tuesday, October 28, 2008

vintage halloween

Nao percam a compilação de fotografias antigas de halloween que a Wired nos oferece:

http://www.wired.com/culture/art/multimedia/2008/10/gallery_old_halloween
O músico português David Fonseca actua no início de
Novembro em Espanha, onde editará o seu último álbum, "Dreams in Colour",
e fará a primeira parte dos concertos de Keane naquele país.
De acordo com a editora Universal, o trio britânico Keane escolheu David
Fonseca para assegurar a primeira parte de dois concertos, já esgotados, em
Espanha, a 09 de Novembro em Barcelona e a 11 de Novembro em Madrid.
Antes destas duas actuações, David Fonseca tocará ainda na Sala Galileu
Galilei, em Madrid, no âmbito da sexta Mostra Portuguesa em Madrid.
Espanha é o terceiro país onde "Dreams in Colour" é lançado a nível
internacional, depois de Itália e Grécia, onde David Fonseca já actuou este
ano.
"Dreams in colour", disco de platina, é o terceiro álbum a solo de David
Fonseca e inclui, entre outros, "Superstars", "Rocket Man", uma versão de um
tema de Elton John, "Kiss me oh kiss me" e "Silent Void".
Ainda este mês, David Fonseca edita em Portugal o DVD "Dreams In Colour
Live", que regista o concerto no Coliseu de Lisboa em Abril deste ano e
inclui um tema inédito, "Orange Tree".

{lusa}

Friday, October 24, 2008

O novo estereograma dos Animal Collective

Thursday, October 23, 2008

começa hoje

Wednesday, October 22, 2008

Lou Reed goes Casasses CCCB sexta_24_Outubro_21h30

Lou Reed y Laurie Anderson
Made in Catalunya

Los prolíficos músicos -y también poetas-, Laurie Anderson y Lou Reed, prestaron sus voces para que poetas catalanes como Brossa, Espriu, Carner, Vinyoli, etc. se dejaran oír, en inglés, en un recital estrenado en Nueva York dentro del programa Made in CataluNYa.

Kosmopolis recupera ahora aquel momento mágico para hacerlo posible en el corazón del Raval.

Lou Reed lee el poema "Amèrica" de Enric Casasses. Baryshnikov Arts Center, 2007.



Debido a la gira de Laurie Anderson, su participación no será presencial sino mediante una conexión especial en directo desde Berkeley, vía Internet 2 por banda ancha, que garantiza la máxima calidad en la retransmisión.

info

XIII Mostra de Cinema Africà de Barcelona

El cine africano llega nuevamente a Barcelona, este año entre el 7 y 13 de noviembre, en el marco de la XIII Mostra de Cinema Africà de Barcelona, en los cines Méliès, organizada por l'Associació Cultural L'Ull Anònim.
Durante el festival se proyectarán unas treinta películas, entre largometrajes, cortos, documentales y cine de animación, procedentes de Níger, Mali, Senegal, Camerún, Chad, RD Congo, Egipto, África del Sur, Marruecos, Argelia. Colombia y Brasil también estarán presentes en la sección Mama Àfrica, dedicada a los afrodescendientes.
Quince invitados acompañarán las proyecciones. Como siempre, serán los invitados quienes se encarguen de establecer ese diálogo con el público, que ya se ha convertido en imprescindible al final de las películas.
La programación incluye una cuidadosa selección de las últimas producciones africanas en su mayor parte estrenos y dedica su sección Retrospectiva a la obra del cineasta Moustapha Alassane. Nacido en 1942 en N'Dougou, Niger, aprende la técnica cinematográfica con Jean Rouch y posteriormente se forma en el cine de animación en Canadá. Vanguardista y pionero del cine en África, rueda las primeras películas de animación subsaharianas y realiza un cine documental y de ficción donde predomina la parodia y la sátira social. En los años 70 hará de Niger uno de los grandes países del cine en África. Mustapha Alassane viajará a Barcelona para compartir con el publicó su pasión por la magia del cine.
Como novedad cinematográfica, tendremos el estreno mundial del último documental del cineasta senegalés Moussa Touré: Xalibeut (Con los ojos muy abiertos). Rodado a lo largo de un viaje a la India, este documental es el más personal de Moussa Touré, en él nos habla del cruce de miradas entre África e India.
Además, la Mostra de Cinema Africà recupera este año la participación de producciones de la diáspora afroamericana y con la sección Mama Àfrica, dirige su mirada a Latinoamérica, especialmente a los afrodescendientes de Colombia y Brasil.
Con una nutrida muestra de documentales, procedentes en su mayoría de Colombia, este año la Associació Cultural L'Ull Anònim acompaña un nuevo proyecto de cooperación, que con el objetivo de tender puentes entre África y América Latina, colaborará en la formación de jóvenes realizadores afrodescendientes en su mayoría, de una región del departamento del Cauca, en el sur de Colombia. De esta forma, pretende respaldar el trabajo de recuperación de la memoria histórica de las comunidades negras colombianas, fomentando los intercambios cinematograficos entre estos dos continentes.


info

Tuesday, October 21, 2008

O número de trabalhadores portugueses inscritos na
Segurança Social espanhola caiu mais de oito por cento desde o início do ano
segundo dados oficiais.
A tendência de redução, que afecta todos os regimes da Segurança Social,
começou no último trimestre de 2007, coincidindo por isso com um agravamento
da situação económica em Espanha.
{lusa}

5 anos sem Elliot Smith

Saturday, October 18, 2008

estatísticas do blog

morning

doce acordar

Friday, October 17, 2008

realidade ficcionada



Kevin Costner fez de Joe the Plumber (o canalizador) antes mesmo de este existir?

Será tudo uma farsa e Joe ter-se-á inspirado no "Swing Vote [2008]"?

Era o filme uma profecia?


Não recomendo este filme. Tê-lo-ei visto numa viagem de comboio em que não conseguia dormir. (Bom filme de domingo à tarde a gurosans)

America, land of freedom and opportunity...

Desculpem lá, mas hoje tive tempo para uma volta pelos jornais do planeta, e "tropeçei" nesta pérola...
De facto a história faz-se de estórias, e parece-me um assombro que um jornal como o Wall Street Journal possa fazer estes artigos.
Apesar de todos os seus defeitos, a democracia Estado Unidense é de facto admirável, e a sua imprensa, sobretudo a escrita, é exemplar na diversidade e cuidado com trata todos os temas (independentemente de se estar ou não de acordo...)

Este artigo parece-me EXCEPCIONAL

http://online.wsj.com/article/SB122419511761942501.html

Un portugués, a la cárcel por tener un CD pirata

Maravilhoso, Portugal, maravilhoso.... (tatarear em voz alta usando uma certa música do Marco Paulo...)

http://www.lavanguardia.es/lv24h/20081017/53561537757.html

Tuesday, October 14, 2008

http://www.lifepaper.pt/

vimos e gostámos:



Thursday, October 09, 2008

Foi a 8 de Outubro de...

1947 - Nascia Tony Wilson, baixista dos Hot Chocolate.

1951 - Nascia Johnny Ramone, guitarrista dos Ramones.

1978 - Algures entre uma vinha e um Hospital fazia-se "luz"...

1980 - Bob Marley desmaiava em palco durante um concerto em Pittsburgh, naquele que seria o seu último concerto ao vivo.

1987 - Os três elementos dos ZZ Top faziam uma reserva de lugares no primeiro voo turístico à Lua.

1988 - Pela primeira vez, os U2 conseguiam atingir o primeiro lugar das tabelas britânicas com 'Desire' - o 12º single da carreira da banda.

1992 - Os Correios americanos lançavam uma edição comemorativa de selos com algumas das lendas da música, entre elas Elvis Presley, Bill Haley, e Otis Redding.

2007 - Um "post" era colocado nesta Casa.

Tuesday, October 07, 2008

Ai essa terra ainda vai cumprir seu ideal....

Parece que uns senhores de um partido nacionalista português, viram a necessidade de içar este outdoor (desculpem o estrangeirismo) no centro de Lisboa. Os objectivos não muito óbvios, não deverão fugirão muito da: angariação de votos, tempos de antena, expressar frustrações... urrar...

Felizmente houve ordens de baixar a bandeira.




A estes artolas fazia-lhes bem uma ida a Joanesburgo, a Andorra ao Luxemburgo, ou comer os pastelinhos de massa-tenra na dona Fátima* em Newark e levar-lhes uns autocolantes e umas t-shirts do seu partido... 

Portugal aos Portugueses, esse pacato povo que nunca pisou terra alheia!

*personagem fictícia.

Monday, October 06, 2008

e foi numa loja de discos em Williamsburg [brooklyn, NY] que ouvimos pela primeira vez: The Alps e nos lembrámos de vocês.







de volta à cidade e à escrita


Thursday, October 02, 2008

Dia Mundial da Música - "Porque muito antes de os homens organizarem os sons, os sons organizaram os homens."

Devia ser todos os dias (como por norma é nesta Casa).
A Música é Balança: serve para equilibrar o espírito e balançar o físico.
Ouçam "aquele" disco ou "aquela" música que provoca um friozinho bom na espinha!

"Não importa procurar definir o que é, porque para cada um de nós a Música é sempre alguma coisa. Diferente dum esquimó para um filarmónico português, é certo, mas permitindo a comunicação entre cristãos e muçulmanos, africanos e americanos, profissionais e amadores, crianças e avós. Mesmo em povos para os quais não existe a palavra Música, e são muitos, tal é o lugar indissociável que tem nas funções que lhes dão o nome, estrutura muitos dos rituais comunitários e atravessa todo o sistema educativo. Porquê educar pela e com a Música? Platão, muito antes de qualquer técnica de marketing ou investigação musicoterapeutica, responde de forma simples: Porque a Música penetra mais fundo na alma humana." (lido aqui)

Tuesday, September 23, 2008

Bruno Aleixo em Londres

depois de cidra, pints, punks, rockers, off licenses, cigarros, good mixers e outros exageros, entramos tardios em casa de portugueses absolutamente rendidos a isto:



Ja lhes disse q conheco o autor e que os vou por em conctacto para fazer de speaker na sardinhada portuguesa de Regents Park...

de londres com abracos,

Thursday, September 04, 2008

O principal problema de Portugal

Um humorista da nossa praça, há uns tempos atrás, teorizava sobre a situação do país, concluíndo que o principal problema de Portugal era... que tinha portugueses a mais!
Numa leitura casuística, encontro um texto (em boa hora escrito) do escritor Eduardo Prado Coelho (descanse em paz) que traduz esta ideia da seguinte forma:

"A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia, bem como Cavaco, Durão e Guterres.
Agora dizemos que Sócrates não serve.E o que vier depois de Sócrates também não servirá para nada.
Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates.
O problema está em nós. Nós como povo. Nós como matéria prima de um país.
Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda sempre valorizada, tanto ou mais do que o euro.
Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família baseada em valores e respeito aos demais.

Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nos passeios
onde se paga por um só jornal E SE TIRA UM SÓ JORNAL,DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO.

Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particulares dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa, como se fosse
correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil para os trabalhos de escola dos filhos ....e para eles mesmos.

Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo, onde se frauda a declaração
de IRS para não pagar ou pagar menos impostos.

Pertenço a um país:
- Onde a falta de pontualidade é um hábito;
- Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano.
- Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas
ruas e, depois, reclamam do governo por não limpar os esgotos.
- Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros.
- Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que é ' muito chato ter que ler' ) e não há consciência nem memória política, histórica nem económica.
- Onde os nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média e beneficiar alguns.
- onde as cartas de condução e as declarações médicas podem ser 'compradas'
, sem se fazer qualquer exame.
- Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para não lhe dar o lugar.
- Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o peão.
- Um país onde fazemos muitas coisas erradas, mas estamos sempre a criticar os nossos governantes.

Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates, melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem corrompi um guarda de trânsito para não ser multado.

Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português, apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim, o que me ajudou a pagar algumas dívidas.

Não. Não. Não. Já basta.

Como ' matéria prima' de um país, temos muitas coisas boas, mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que o nosso país precisa.

Esses defeitos, essa ' CHICO-ESPERTERTICE PORTUGUESA ' congénita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até se converter em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana, mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates, é que é real e honestamente má, porque todos eles são portugueses como nós, ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não noutra parte...

Fico triste.

Porque, ainda que Sócrates se fosse embora hoje, o próximo que o suceder terá que continuar a trabalhar com a mesma matéria prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos. E não poderá fazer nada...

Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor, mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá.

Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco, nem serve Sócrates e nem servirá o que vier.

Qual é a alternativa?

Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror*?*

Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa 'outra coisa' não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados....igualmente abusados!

É muito bom ser português. Mas quando essa portugalidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, então tudo muda...

Não esperemos acender uma vela a todos os santos, a ver se nos mandam um messias.

Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses nada poderá fazer.

Está muito claro... Somos nós que temos que mudar.

Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a acontecer-nos:
Desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e, francamente, tolerantes com o fracasso. É a indústria da desculpa e da estupidez.

Agora, depois desta mensagem, francamente, decidi procurar o responsável, não para o castigar, mas para lhe exigir (sim, exigir) que melhore o seu comportamento e que não se faça de mouco, de desentendido.

Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO DE QUE O ENCONTRAREI QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO.

AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO NOUTRO LADO.

E você, o que pensa?.. MEDITE!"

EDUARDO PRADO COELHO

*Precisa-se de matéria-prima para construir um País
Eduardo Prado Coelho - in Público*

R.I.P. Isaac Hayes (1942-2008)

Já foi há algumas semanas, mas nem por isso queríamos deixar (aqui nesta casa) de assinalar a partida de um dos precursores do movimento "Blaxploitation" e um dos principais impulsionadores da editora Stax (editora por excelência de muitas das pérolas que a cena "Soul" deu ao mundo).
Um pequeno tributo ao "Chef".

Wednesday, September 03, 2008

Mapfre and so on...

Lucro do grupo Mapfre subiu quase 60%

O grupo Mapfre obteve um lucro de 529,4 milhões de euros, entre Janeiro e Junho, mais 57,7% do que em igual período do ano passado.




Assim cita o SIC online.
----Escrevo-vos desde Dublin onde residirei por 2 dois....(Prefiro dizer residir já que estou a fazer o oposto de turismo)*Interpelava a natural conversa ao almoço com pessoas que não se conhece. Evidentemente que se tocou em Barcelona e reflexões sobre qualidade de vida.E eis que se comenta: em Dublin entras às 9 sais às 17h30 com 1 hora de almoço. Tal como já me tinha apercebido na holanda expliquei-lhe eu. E vive-se de uma forma relaxada agradavel e sem pressãoE questiona-se outro destas bandas: Mas como é possível. E são produtivos?
Claro, my friend, recebem bem e estão dimensionados para as necessidades. O que há é distribuição de lucros pelos trabalhadores e não uma existencia empresarial de acumulação de riqueza nos cofres - como acontece nas empresas em Espanha ou Portugal (Veja-se os lucros dos Bancos e Operadores de telecomunicacoes).
Se pagassem bem, ou se pusessem mais funcionarios a fazer o que um desgraçado oprimido faz todos os dias com a cabeça em agua até às 9 da noite, viam como tudo andava direitinho e havia emprego para todos.
Devia ser vergonhoso apresentar lucros desta natureza...Alguma coisa está mal...Roubem-se camionetas cheias de dinheiro para matar a fome da imprensa!* - escrevo terminada a jornada laboral.Best regards,


«Aquele Querido Mês de Agosto»

Nunca, como aqui, a música de Tony Carreira e Marante fez tanto sentido num filme!
O melhor filme português do ano (até ver...)!

Filme brilhante a todos os níveis!
Retrato cinematográfico de uma realidade onde a ficção se confunde com
o real, como há já muito tempo não se fazia em Portugal. Filme em
registo documental/drama que apresenta uma história dentro de várias
histórias, mas que no fundo se condensam num retrato antropológico que
traduz muita da essência do Portugal real.
Peça única, que merece uma visão atenta e descomprometida (sem
preconceitos com o tal "som fantasma" que se ouve onde não é suposto
ouvir)!
Os pormenores dos diálogos (improvisados ou ensaiados) são uma
mais-valia única, num guião onde impera toda uma originalidade que
esperemos, lhe traga o reconhecimento devido!

Uma ideia cinematográfica diferente, com um cunho marcadamente pessoal.
Obrigatório ver!

Mais opiniões aqui ou aqui.

Monday, September 01, 2008

Brincar com um molho de folhas de pavão
Um semental rodeado de femeas alimenta-se de comida artificial
Aí têm a cidade que pisam
Escola de caracter e paciência.

Deux dangers ne cessent de menacer le monde : l'ordre et le désordre.
Paul Valery

PTBCN no myminicity

Acabei de colocar um link para o my mini city na lista do lado direito.
http://ptbcn.myminicity.com/

Sem saber muito do que se trata, nem de quem possa estar (ou não) a ganhar com esta iniciativa 2.0 é mais uma intenção de criar paisagem para a Casa de Portugal em Barcelona.

O my mini city pelo pouco que li é o primeiro jogo puramente online, a sua existência ou evolução é a simples visita à pagina (gerando imediatamente um novo habitante) e depois poder-se-á intencionalmente enveredar por indústria ou transporte conforme as necessidades.

Fica a imagem simbólica do forasteiro que construiu a primeira casa em terreno desbravado no dia 1 de setembro.



Os links do canto superior direito do ecrãn farão as construções do futuro.

A cidade é vossa, tal como o blogue.

Bom regresso ao ano lectivo.

Saturday, August 30, 2008

A música electrónica vista por dentro

Nos dias que correm, a indústria musical em geral (incluindo, obviamente, o ramo da música electrónica) estrebucha impotente, do alto do seu pedestal, perante novos formatos e cenários de partilha e divulgação do trabalho dos artistas/músicos.
Mais uma reflexão pertinente a ajudar ao caos organizado (legal vs ilegal: agora escolha).

Wednesday, August 27, 2008

Invasão da língua portuguesa na música

Tem sotaque do lado de lá do Atlântico, mas mesmo assim... que se dane (diria o mais impedernido dos cariocas). Melhor que nada (resmunga o clássico portuga com complexo de ser ex-metrópole).

Curiosamente, acabo de ver o "Tropa de Elite" no cinema, e esta opinião mostra-se deveras pertinente. No cinema, assim como na música, o português com "acento" (com ou sem (des)acordo ortográfico) abre portas como nunca!

Atentem no artigo (traduzido de propósito para a língua de Jorge Amado!) de um jornalista do The Guardian:

Porque a língua da dance music é o português

O português está se infiltrando na nossa cultura musical - independente de a gente entendê-lo ou não
por
Danny McFadden, The Guardian

Essa semana, em três ocasiões diferentes, eu me peguei terminando uma conversa com um bastante inseguro “obrigado”. Eu não falo português (agradecer nessa língua era apenas um gesto cortês), mas talvez mais de nós devessem aprender esse idioma: parece que ele guarda ambições de se tornar a língua número um da dance music.

A primeira dessas ocasiões foi com o Buraka Som Sistema - que estavam fazendo um DJ/MC Set no Tramp Club em Manchester. Voltado para o kuduro - um estilo surgido na Angola - o som deles se desenvolveu da tentativa de garotos africanos em fazer techno, resultando num híbrido que reflete tanto a cultura local angolana quanto as correntes da música eletrônica estrangeira. Tudo isso culminou numa fusão de zouk, soca e dancehall que veio a se tornar uma próspera cena em Lisboa (a antiga metrópole) e que, por sua vez, absorveu influências de dubstep, drum’n’bass e fidget house de selos britânicos como Dubsided e Counterfeet.

O “progressive kuduro” do Buraka Som Sistema, na verdade, parece ser um primo próximo do funk carioca do Brasil. Os dois estilos estão indentificados com uma divertida e furiosa world music que está a anos-luz de distância do tipo de coisa popularizada por Peter Gabriel e Paul Simon tempos atrás.

Fui então consultar o DJ Gorky do Bonde do Role. Discutimos se a língua representa uma barreira para a conquista do público britânico e ele respondeu que isso é algo que ele e seus compatriotas estão tentando superar.

De qualquer forma, o português está conseguindo penetrar na cultura mainstream do Reino Unido. Exemplos disso são a música Gatas Gatas Gatas do Edu K, que está servindo de trilha sonora para o último comercial da Sony Ericsson, e também o sucesso do CSS (OK, esse último nem conta tanto com o português para seu ataque contagiante). Há ainda a colaboração da dupla Sinden & Count Of Monte Cristal com o MC de funk carioca Thiaguinho, na música Tamborzuda e, além disso, o Radioclit está prestes a lançar Bonde da Orgia de Traveco do UDR, através do seu selo Uppercuts.

“Eu sempre imaginei que esse momento ia chegar, com a globalização e tal”, disse o Edu K durante uma conversa que mais uma vez terminou com um tímido “obrigado”. Lamentavelmente, esse homem, que fala inglês completamente fluente, com linguajar de hip hop e tudo, pareceu bem impressionado com esse raro esforço.


Podem ler aqui a versão original, com alguns comentários.

Wednesday, August 20, 2008

rockumentário

este filme deixa-me cheio de saudades do presente:
[1]
[2]

Monday, August 11, 2008

Speedo LZR made in paços de ferreira


Michael Phelps e companhia vestem

"Made in Portugal"

Se sairmos de pequim sem sequer subir ao podium pelo menos deu-se uma ajuda...

Monday, August 04, 2008

the meatrix

a não perder:



http://www.themeatrix1.com/

escarros eléctricos

O investimento em carros eléctricos tem duas grandes implicações, o que faz com que as políticas governamentais o tratem ainda com desconforto: seca a receita fiscal que o sector automóvel garante ao Orçamento do Estado e exige outros investimentos a montante, nomeadamente na rede eléctrica, de modo a garantir que a energia fornecida às baterias é também limpa e não produzida a partir do carvão e do gás natural.

Quantos mais carros eléctricos circularem, menos o Estado cobra em Imposto sobre Veículos (os carros eléctricos estão isentos) e Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (não usam combustíveis fósseis), responsáveis por cerca de 10 por cento das receitas fiscais totais.


(no público de hoje)

Visto isto entendemos muitas coisas...
-porque é que nas cidades portuguesas é fundamental o trasporte próprio e não há interesse em que haja transporte público de qualidade.
-a pressão nas inspecções de veículos e regulamentações apertadas para obrigar à troca constante de carro constante.
-o desaconselhar de motos: bem mais económicas, versáteis e menos consgestionantes do transito.
-as estradas miseráveis que só ajudam a acelerar o desgaste do parque automovel.
-o culto social de carro é prestígio.
-a crença instituida de que carro com 4 anos é velho.

Wednesday, July 30, 2008

The Gospel featuring Kira - Skating Your pool



primeiro single da editora Brown Punk, que pretende rumar contra a corrente das gigantes editoras, insatisfeitas, mas também incapazes de apertar a patilha de segurança da metralhadora que têm apontada aos pés.

“Brown Punk represents a positive movement where you find intellectuals mixing with the working class, rock mixing with reggae and indie mixing with emo,” explained Tricky.

cuil

descrevem-no como alternativa ao google, ainda mais abrangente, ou assim pretendem que acreditemos:

Monday, July 28, 2008

PT-CAT


O fechar a casa com telhado é imensas culturas motivo para comemoração. Uns penduram os sapatos do tecto recém edificado, outros dançam debaixo do mesmo, fazem-se rituais canibais vários e aqui por estas bandas assinala-se o feito com o hastear de uma bandeira.
De algumas varandas de Poble Nou já se vê um telhado em "telha lusa"...

Encerramento dos Eurogames BCN/08


Acabou-se.
Os maiores e melhores Eurogames de sempre acabaram ontem, dia 27/07...8 http://www.elperiodico.cat/default.asp?idpublicacio_PK=46&idioma=CAT&idnoticia_PK=530651&idseccio_PK=1022&h para mais info...

Aproveito para juntar uma foto minha no pós-cerimónia de encerramente (perdoem a imodéstia:-))

Saturday, July 26, 2008

Soulwax - NY Excuse

Tuesday, July 22, 2008

EUROGAMES BARCELONA 2008

Se por acaso não sabiam, começam 5ª feira, dia 24 os Eurogames/2008.

Toda a informação em http://www.panteresgrogues.cat/cms/index.php?/component/option,com_frontpage/Itemid,1/lang,en_EN/

BEM VINDOS

Thursday, July 17, 2008

Musica als Parcs


ontem, noite já caída,
bicing ruidosa rumo a casa
suor e cansaço no peito
maos com cheiro a basket
e eis que ao atravessar a Ciutadella
um ponto iluminado e sonoro no coreto
envolto de entusiastas na escuridão
lançava jazz redondo
naquele canto da noite.



deixo-vos o resto do programa.

Wednesday, July 16, 2008

Critical Mass

Critical Mass is an event typically held on the last Friday of every month in cities around the world where bicyclists and other self-propelled commuters take to the streets en masse. While the ride was originally founded with the idea of drawing attention to how unfriendly the city was to bicyclists,[1] the leaderless structure of Critical Mass makes it impossible to assign it any one specific goal. In fact, the purpose of Critical Mass is not formalized beyond the direct action of meeting at a set location and time and traveling as a group through city or town streets.

in http://en.wikipedia.org/wiki/Critical_Mass

Monday, July 14, 2008

Alive'08

Apesar da sobredose de concertos a que tenho assistido, talvez devesse ter ficado para ver este senhor, já para não falar deste.
Ou os programadores de concertos/festivais deixam de trazer coisas interessantes, ou tenho mesmo de parar para reflectir e assimilar bem sobre tudo isto...

O melhor mesmo foi isto, isto e ainda isto. Sem falar, obviamente, no momento alto! Dizem que esta artista também foi qualquer coisa (tal como já tinha assistido há pouco tempo no Sónar).

Agradável surpresa foi este concerto!

Para o ano há mais, no sítio do costume, entre 9 e 11 de Julho. A organização promete alguns pesos-pesados do panorama musical, sendo que um deles começa por "D". Aceitam-se apostas... A minha fica aqui.

Friday, July 11, 2008



Gonzalez - Gogol

Wednesday, July 09, 2008


Rennie Ellis Tattoos New York 1976

Saturday, July 05, 2008

what's inside a camera

BRILHANTE !!!!

Assunto: Língua Portuguesa - Perguntas à Língua Portuguesa - Mia Couto

Venho brincar aqui no Português, a língua. Não aquela que outros embandeiram. Mas a língua nossa, essa que dá gosto a gente namorar e que nos faz a nós, moçambicanos, ficarmos mais Moçambique. Que outros pretendam cavalgar o assunto para fins de cadeira e poleiro pouco me acarreta.A língua que eu quero é essa que perde função e se torna carícia. O que me apronta é o simples gosto da palavra, o mesmo que a asa sente aquando o voo. Meu desejo é desalisar a linguagem, colocando nela as quantas dimensões da Vida. E quantas são? Se a Vida tem é idimensões?Assim, embarco nesse gozo de ver como escrita e o mundo mutuamente se desobedecem. Meu anjo-da-guarda, felizmente, nunca me guardou.Uns nos acalentam: que nós estamos a sustentar maiores territórios da lusofonia. Nós estamos simplesmente ocupados a sermos. Outros nos acusam: nós estamos a desgastar a língua. Nos falta domínio, carecemos de técnica. Ora qual é a nossa elegância? Nenhuma, excepto a de irmos ajeitando o pé a um novo chão. Ou estaremos convidando o chão ao molde do pé? Questões que dariam para muita conferência, papelosas comunicações. Mas nós, aqui na mais meridional esquina do Sul, estamos exercendo é a ciência de sobreviver. Nós estamos deitando molho sobre pouca farinha a ver se o milagre dos pães se repete na periferia do mundo, neste sulbúrbio.No enquanto, defendemos o direito de não saber, o gosto de saborear ignorâncias. Entretanto, vamos criando uma língua apta para o futuro, veloz como a palmeira, que dança todas as brisas sem deslocar seu chão. Língua artesanal, plástica, fugidia a gramáticas.Esta obra de reinvenção não é operação exclusiva dos escritores e linguistas. Recriamos a língua na medida em que somos capazes de produzir um pensamento novo, um pensamento nosso. O idioma, afinal, o que é senão o ovo das galinhas de ouro?
Estamos, sim, amando o indomesticável, aderindo ao invisível, procurando os outros tempos deste tempo. Precisamos, sim, de senso incomum. Pois, das leis da língua, alguém sabe as certezas delas?Ponho as minhas irreticências. Veja-se, num sumário exemplo, perguntas que se podem colocar à língua:
• Se pode dizer de um careca que tenha couro cabeludo?
• No caso de alguém dormir com homem de raça branca é então que se aplica a expressão: passar a noite em branco?
• A diferença entre um ás no volante ou um asno volante é apenas de ordem fonética?
• O mato desconhecido é que é o anonimato?
• O pequeno viaduto é um abreviaduto?
• Como é que o mecânico faz amor? Mecanicamente.
• Quem vive numa encruzilhada é um encruzilhéu?
• Se diz do brado de bicho que não dispõe de vértebras: o invertebrado?
• Tristeza do boi vem de ele não se lembrar que bicho foi na última reencarnação. Pois se ele, em anterior vida, beneficiou de chifre o que está ocorrendo não é uma reencornação?
• O elefante que nunca viu mar, sempre vivendo no rio: devia ter marfim ou riofim?
• Onde se esgotou a água se deve dizer: "aquabou"?
• Não tendo sucedido em Maio mas em Março o que ele teve foi um desmaio ou um desmarço?
• Quando a paisagem é de admirar constrói-se um admiradouro?
• Mulher desdentada pode usar fio dental?
• A cascavel a quem saiu a casca fica só uma vel?
• As reservas de dinheiro são sempre finas. Será daí que vem o nome: "finanças"?
• Um tufão pequeno: um tufinho?
• O cavalo duplamente linchado é aquele que relincha?
• Em águas doces alguém se pode salpicar? Adulto pratica adultério. E um menor: será que pratica minoritério?
• Um viciado no jogo de bilhar pode contrair bilharziose?
• Um gordo, tipo barril, é um barrilgudo?
• Borboleta que insiste em ser ninfa: é ela a tal ninfomaníaca?
Brincadeiras, brincriações. E é coisa que não se termina. Lembro a camponesa da Zambézia. Eu falo português corta-mato, dizia. Sim, isso que ela fazia é, afinal, trabalho de todos nós. Colocámos essoutro português - o nosso português - na travessia dos matos, fizemos com que ele se descalçasse pelos atalhos da savana.Nesse caminho lhe fomos somando colorações. Devolvemos cores que dela haviam sido desbotadas - o racionalismo trabalha que nem lixívia. Urge ainda adicionar-lhe músicas e enfeites, somar-lhe o volume da superstição e a graça da dança. É urgente recuperar brilhos antigos.Devolver a estrela ao planeta dormente.

Friday, July 04, 2008

Montjuic nit en blanc

entre muitas actividades lúdicas e culturais que nos proporcionará o Montjuic na noite de sábado 5/julho para domingo. Salientamos o banho nocturno nas piscinas Picornell.

+info

Thursday, July 03, 2008

SÒNAR 2008 - Notes

Apenas quantitativas (de 0 a 20).
Apenas do que vi (noite), ou do que me lembro de ter visto.
Apenas uma opinião.


20 - Divendres / Viernes / Friday / Sexta

- Diplo (Dj) (16)
- Justice (live) (15)
- Boys Noize (Dj) (15)

- The Pinker Tones (live) (13)

- Ewan Pearson (Dj) (12)
- Róisín Murphy (live) (16)
- Hercules & Love Affair (live) (10)
- Frankie Knuckles (Dj) (10)

- Flying Lotus (Dj) (15)
- Buraka Som Sistema (live) (15)
- Theo Parrish (Dj) (10)


21 - Dissabte / Sábado / Saturday

- Yazoo (live) (11)
- Soulwax (live) (15)
- X-102 discovers The Rings Of Saturn (live) (12)
- Oscar Mulero (Dj) (13)

- Antipop Consortium (live) (12)
- Miss Kittin (live) (13)
- Krazy Baldhead (live) (16)
- SebastiAn (Dj) (15)
- Ricardo Villalobos (Dj) (13)

- DJ Yoda's Magic Cinema Show (Dj) (15)
- Neon Neon (live) (15)
- Buraka Som Sistema (Dj) (15)
- Bonde do Rolê (live) (13)
- DJ Mehdi vs A-Trak feat. Kid Sister (live) (14)

- Chloé (live) (12)
- Jimpster (Dj) (11)
- Dubfire (Dj) (14)
- Pantha Du Prince (live) (14)
- Efdemin (Dj) (12)

Wednesday, July 02, 2008

¿Has echado en falta algo de los bolsillos?



até dói.

Tuesday, July 01, 2008

Académica - Espanyol

Não podendo ter o Barça no arranque da Arregaça:




assim cita a página da AAC
O RCD Espanyol, equipa que milita no principal campeonato de Espanha, foi a equipa escolhida para a apresentação da Académica, versão 2008/2009, aos associados do clube.

O jogo com a equipa de Barcelona, que conta nas suas fileiras com atletas como Ivan de La Peña e Raúl Tamudo, disputa-se a 7 de Agosto, pelas 21:00, no Estádio Cidade de Coimbra.
O lusitania Trenhotel / Comboio hotel Madrid Lisboa está desviado e a passar por Coimbra provisoriamente (deverá ser sempre comprado com origem/destino Entroncamento se esse for o objectivo), assim me foi confirmado pelos simpaticos agentes telefonicos da CP.




Os unicos horarios diários de ambos os sentidos

Lisboa (Sta. Apolónia) HP 22.00
Lisboa (Oriente) 22.09
Entroncamento 23.17
Coimbra-B 0.13
Madrid (Chamartin) HE 8.40

Madrid (Chamartin) HE 22.45
Coimbra-B HP 5.38
Entroncamento 6.37
Lisboa (Oriente) 7.51
Lisboa (Sta. Apolónia) 8.00


HP Hora Portuguesa
HE Hora Espanha

Preços

Sunday, June 22, 2008

Monday, June 16, 2008

"I don't think I'd like to go back home and take it easy"

Adaptado de:
"I think I'd like to go back home and take it easy"
Neil Young

pipocas com telemoveis e o ricochete tecnológico





Por debaixo da ponte
O panal suspenso está roto
E os animais que apanhei
Ficaram todos meus amigos
Estou a viver sem erva
E o que transborda do meu tecto
Não há problemas em comer peixe
Já que não têm sentimentos

(X3)
Alguma coisa no caminho, mmm
Alguma coisa no caminho, yeah, mmm

Por debaixo da ponte
O panal suspenso está roto
E os animais que apanhei
Ficaram todos meus amigos
Estou a viver sem erva
E o que transborda do meu tecto
Não há problemas em comer peixe
Já que não têm sentimentos

(x4)
Alguma coisa no caminho, mmm
Alguma coisa no caminho, yeah, mmm

Friday, June 13, 2008

Pessoa nasceu há 120 anos

«Se depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia,
Não há nada mais simples.
Tem só duas datas - a da minha nascença e a da minha morte.
Entre uma e outra todos os dias são meus.»

Thursday, June 12, 2008

regular comunhao futebolistica em barcelona. Percepção extravagante de nacionalidade. Cerveja enfim.

Alguém acende um bic

camionistas parados de costas voltadas aos sindicatos, sindicatos reunidos com governos que se debruçam à pressa sobre temáticas de crise, mulheres sozinhas na cama à espera de maridos bloqueados nos piquetes, directores apaziguando clientes e amenizando indeminizacoes, a validade que se expira, o trajecto que ja nao tem sentido. A greve francesa de comboios chegou níveis que nao se supunha, o descontetamento das periferias tambem.

Num programa de tv há uns dias abordava-se (da perspectiva televisiva: sensacionalista e particular) as desigualdades sociais, lá estava a senhora que debicava no contentor do lixo, o vendedor de automoveis com vendas a zero, e o de carros de luxo que sentia algo da crise e inseguranca mas pouco. Nada novo. Surge então em cena um comprador de um lamborghini no stand. Director de uma empresa de telecomunicações que diz: "fiz uma operação económica muito vantajosa e cumpro este sonho de criança, comprar um destes carros de 270 mil euros".

Assim gira o mundo sem que nos afecte demasiado ou nos preocupe. Vamos ao cinema e dizem-nos "não compres DVDs pirata que é roubar, não o farias num supermercado" e efectivamente engolimos a mensagem do velhos valores do bem e do mal. Mesmo que mentalmente depois saibamos (cada um à sua maneira) ignorar ou convercer-nos que nem tudo é como nos contam. O que o mundo não adverte é de que lado está (nesses conceitos cada vez mais ambiguos de bem e mal) quem 'no bolso' traz 270 mil euros para comprar um brinquedo futil - expoente maximo das desigualdades sociais?

Do pouco que sei, as variaveis economicas das empresas acentam nos pilares: trabalhadores, tecnologia, oportunidades de negocio, concorrencia e mercado. E quando se enriquece muito [rápido] ou se andou a vender latão por ouro, ou, (e por conseguinte) não se remunerou convenientemente os trabalhadores. Só a prestacao de serviços altamente inflacionados pode disparar os lucros. O Lamborghini é na maioria das vezes a soma dos Opeis Astra que nunca conseguiram comprar os trabalhadores (ficando-se pelo Corsa Clio e casa por pagar durante 30 anos).
A frase do Eto'o é representativa: não ganhamos milhoes por nenhuma razão senão porque damos milhoes a ganhar a muitos outros! Desde esta perspectiva futebolistas passam a um plano sem duvida menos maligno que os 'directores'. (é conhecida a extensa e extravagante colecção de carros de luxo de Etoo).

Os pilares da sociedade capitalista acompanhada do destrunfar dos valores éticos e da alienação dos dias que correm fazem-nos ser isco e anzol de toda esta cadeia - atados a uma cana de pesca fora de água que nem sabemos qual é e que alimentamos milimetro por milimetro ao envio do sms, ao ligar a ADSL. Essa alienação ou desconhecimento são camuflados pelo progresso tecnológico que nos encandeia e temperado com o cariz aparentemente gratuito da internet. Essa mistura de valores desarticulados faz-nos muitas vezes esquecer ou perdoar quem está a lucrar (e quem se afunda) de forma desmedida com tudo isto! Estamos em 1900(?) e o Eixample terraplanado pelo plano Cerdá irá assegurar riqueza às familias construtoras dos imóveis por pelo menos 5 gerações. Se internet e telefone partilham a mesma tecnologia porquê o sms se paga e o mail não? O mesmo com as taxas de utilizacao de operacoes bancárias: como se individualmente uma equipa de operadores informáticos vigiasse sistemas e fosse ajustando proporcionalmente à utilização do serviço. Estranhas prestações que nos são exigidas baseadas pura e simplesmente na nossa ignorancia e incapacidade de contestação.

Por entre trevas e mortos vivos
É chinês o facho que os alumia
Alguém acende um bic
Devaneiam-se incríveis planos
Num retorno extemporâneo aos verdes anos
Trincando velhas pizzas ressequidas
Aos polícias e aos ladrões jogamos
Alguém se afunda a pique
Alguém me faz um bico
Alguém acende um bic.
Alguém se afunda a pique
Alguém se balança
E há mesmo alguém que dança ...
Ai que eu quero vomitar!
Velocidade escaldante [Mão Morta]

Tuesday, June 10, 2008

Aumento do preco do petroleo, greve dos camionistas, despojos do menu do medio dia, histeria colectiva aos rumores de falta de abastecimento. Sim egoistazinho atesta esse deposito o mais que puderes e ja agora 'a volta para casa compra tudo o que puderes de massas e conservas para no minimo te arriscares a jantar envolto em varejeiras quando no rua ja federem os corpos.

Fica alguma esperanca de futuro

Monday, June 09, 2008

Uma final diferente...

Para os menos dados à filosofia da bola:

Saturday, June 07, 2008

Lo que España vota...¡¡va a misa!!!!!

Comecem a rezar, com devoção redobrada!
Com um apoio destes (ao qual não se deve ignorar a grande inspiração actual de C. Ronaldo), decerto que ficaremos à frente da Inglaterra!

(nota de pé de post: eu sei que os "bifes" não saíram da sua ilha para espalharem o seu "caos" pelos estádios suíços e austríacos, mas não quero ser demasiado português; ou deverei dizer, espanhol?).