Wednesday, April 04, 2007

Imagina um Guardia Civil, Ramirez vamos dar-lhe um nome. Saía do aeroporto de Barajas, e como vive ali na Ciudad Lineal, mas nao para os lados do metro dicidiu apanhar um taxi.
Acabava de chegar num voo LIS-MAD, gostou de portugal mas tenta esquecer o atribulado à chegada, e o pastelzinho de nata de oito euros.

Tudo tinha sido planeado com tempo, eram as merecidas férias...Lisboa sempre-lhe dispultou curiosidade e agora com voos tao baratos, cometeu este excesso com o 14º mês.
Ramirez sempre se sentiu a Lei. Ele é o agente da autoridade, leva anos de experienca na profissao, foi um aplicado estudante no curso de formaçao de policia. A experiencia ensinou-o a contornar as mais complexas adversidades de norte a sul de espanha.
Com a emigracao nos 80s comecou a tomar contacto com novas gentes em espanha, bolivianos, marroquinos... Nos 90 chegam senegaleses, ingleses e há boom do turismo. Ao inicio reflectiu se deveria haver tratamento diferenciado entre locais e estrangeiros:
"-No, no soy racista..." Mas depois teve que admitir que realmente cada povo tem as suas espicificidades. As garrafas partidas na cabeça fruto de bebedeiras de adolescentes estao quase sempre associadas a europeus loiros. Mas o carteirista do metro já veste outro estereotipo.
Coincidencia das coincidencias Ramirez gostou de Lisboa, mas vai-lhe ficar para sempre na memória nao poder praticar a sua autoridade em Lisboa. "¿Joder, esto es o no europa?"
Ramirez decidiu que a visita Portugal se deveria iniciar por Fátima e mal pisou Portugal apanhou um taxi que o levasse à Gare del Oriente. Tinha lido que 5 ou 6 euros daria de sobra para pagar esse percurso diminuto.
Foi fatal:
-Hombre, gare do oriente... Donde vais?
-Perdón, no le entiendo, soy español. A la Gare del Oriente para los trenes!"
-Sim sim, quentendi, jásseiquéspanhol, toutaperguntarpaondevaisnocomboio
-Está cerca, no?
-No es isso...A ciudade onde te diriges?
-ahhhh vale vale....Fátima.
-Ohh amigo...Entao isso é uma perninha daqui lá...Te lhevo sem problemas.

Ramirez começava-se a sentir enrolado, nao estava nada cómodo sem a sua farda e sem poder usar a máxima de infancia "o meu pai é policia." que depois adaptou à primeira pessoa.

-No hace falta. No te molestes amigo iré en tren.
-Sim sim...faz falta faz. É uma hora e é barato, pagarás mais no comboio e vaixtar um tempao à espera
-Por favor, no insista, no estoy interessado.
-Caralh*sdoespanholdassee (disse para o volante)


-Agora para voltar pa traz é um berbicacho...A estrada está cortada. Temos que ir lá abaixo dar a volta.
-Perdón, no le entiendo.

O capitulo acaba com 38 euros e 50 centimos de taxi. Algumas rotundas fora do contexto, umas carregadelas nuns botoes do taximetro que nao se percebem bem, e o tipico esticar no preço com extras para malas, aeroporto, subsidio de risco, dominio de idiomas e das 9 às 11 extra para o pequeno almoço.
-Nao se passam facturas a estrangeiros em portugal.

Ramirez nao deu gorjeta. Ficou logo de olho aberto, que as férias estavam-no a deixar meio apagado. Rezou tambem à Nossa Senhora para que nada de grave lhe passasse nestas férias.


No aeroporto deu de caras com um antigo companheiro, vivem perto. O resto da história deve ler-se aqui.

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