Thursday, June 07, 2007

Glucal de chocolate

de um lado o Paulo de Carvalho, coitadito, um gatilho popularucho da revolucao.
do outro a Euronews, colorida e multilingue
de guerras, expos e estádios controversos
que depois parem shoppings maus com livrarias boas
às quais se subtraem volumes
como uma modelo fotográfica que cheira mal de um sovaco, mas ao contrário portanto: e o sovaco afinal é a única coisa que daquele corpo cheira bem.
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Sinto-me confuso, Portugal é pequeno e de excentricidades comedidas mas afinal as coisas até saem boas e intemporais, como uma moto em cavalinho, que na ilegalidade do movimento conjuga a morte e a estagnaçao.
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Reinaldo Edgar de Azevedo e Silva Ferreira nasceu aqui, em Barcelona, em 1922 e foi um poeta português que escreveu toda a sua obra em Moçambique. O poema mais conhecido que nos deixou chama-se curiosamente Uma Casa Portuguesa que ficou célebre na voz da Amália.
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Já ouço o arranhar poeirento do vinil na agulha, escrevo-vos de um Imaculado IBook, nao de uma casa dos Mateus mas de um alpendre de Raul Lino, é verao e cheira a vinha. Curiosa esta garrafinha de ucal de chocolate, mil vezes melhor que o logo americanizado do catalao cacaolat.



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