Aqui, tal como aí, também tivemos direito a uma pequena (pequeníssima) amostra de um dos melhores festivais da península.
Foi no Porto, na Casa da Música, que no passado dia 1 de Junho, alguns nomes ( essencialmente da electrónica e afins) passearam a sua classe por aquela, que é já considerada como uma das melhores salas de espectáculos do país.
Nomes que marcaram presença:
- Humbert Humbert
Entre a electrónica, a soul e algum punk futurista, esta dupla espanhola deu provavelmente o melhor concerto da noite. Dois gajos em palco. Uma guitarra que transpira decibéis em constante reverberação. Programações devidamente programadas em casa fazem o suporte musical. Um vocalista que deve ficar com as cordas vocais bonitas no final de cada actuação. Suor, muito suor. Na sala, no entanto, não se fuma (não se pode fumar). O ambiente é bom!
Para fãs de Pere Ubu, Suicide, Devo e The Fall (com as devidas diferenças, claro está).
- Ovni
Franca desilusão (se é que havia alguma ilusão).
Três argentinos e um catalão a tentarem fazer um rock cru, com matrizes melódicas e pouco coerentes.
Não há muito a acrescentar... Outras paragens justificavam a debandada.
O nome, esse, apenas faz lembrar odores gastronómicos algures na Rda. St. Antoni, num restaurante com buffet livre...
- Klaxons
Aqui, tal como aí, estes senhores também não poderam mostrar as razões pelas quais têm sido um dos hypes do ano, no que à indústria musical diz respeito.
Vieram apenas dois dos quatro elementos. O espírito futurista das sonoridades acid-rave, sci-fi e punk-funk fazem deste grupo um dos grandes fenómenos do momento. Seria a estreia em Portugal. Vai ter que ficar para o próximo Super Bock Super Rock (que tem, refira-se, um dos melhores alinhamentos dos últimos tempos).
Os dois Klaxons que vieram, esses, ao menos deleitaram-se com garrafas de Vinho do Porto, que foram bebidas generosamente enquanto se divertiam numa inusitada "jam" com os dois Shitdisco. Palhaçada fixe!
- Shitdisco
Para quem tinha assistido à performance "live" junto dos Klaxons, decerto que não esperaria a desilusão que foram estes dois escoceses em regime DJ7. Mau demais para aquilo que fazem enquanto remisturadores, a título de exemplo. Como banda ao vivo, têm a originalidade de tocarem com dois baixos eléctricos em palco, tendo chegado a actuar em túneis de caminhos-de-ferro desactivados.
A ver, mas noutro registo, seguramente.
- 6 PM
Em início de noite, esta dupla que veio da Galiza, mostrou uma capacidade de multi-instrumentistas muito boa, fazendo da junção de bases electrónicas com a pop ligeiramente experimental, o seu som predominante.
Para se ouvir, relaxado, enquanto se toma um café a olhar para a paisagem para lá da Casa da Música.
- DJ Zé Nora e Soft DJ
O Zé e o Soft, em registos diferentes, acabaram por ter saldos positivos, não tanto pela técnica apresentada, mas antes pela música seleccionada. Simples e eficaz!
Na zona do bar (sem fumo!) criaram um ambiente de festa sem grandes dificuldades.
Ah... não sei por onde andava o nosso amigo Rodrigo, mas acreditem que havia por lá um clone seu (difícil de imaginar, quanto mais de acreditar!).
E foi assim a única apresentação do Primavera fora de Espanha.
Para o ano é capaz de haver mais.
Venham o SONAR e o Summercase!
Friday, June 08, 2007
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